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O conceito de Galáxia da cidade
Em termos de desenvolvimento físico, Auroville tem como objetivo se tornar um modelo de ‘cidade do futuro’ ou ‘a cidade que a Terra necessita’. Ela quer mostrar ao mundo que as futuras realizações em todos os campos de trabalho nos permitirão construir belas cidades, onde a pessoas que procuram sinceramente por um futuro mais harmonioso vão querer viver.
Em seu esboço de Auroville de 1965, a Mãe colocou no papel o conceito básico para a cidade. Esse esboço delineou todas as áreas de atividades importantes que preencheriam a visão de torná-la uma cidade universal. Para as outras coisas, ela deu total liberdade para Roder Anger, o arquiteto francês que ela nomeou para supervisionar o desenvolvimento físico da cidade.
Um dos conceitos mais notáveis de Auroville é o seu plano mestre, traçado em forma de uma galáxia – uma galáxia em que muitos ‘braços’ ou Linhas de Força parecem se desenrolar a partir da região central.
• No centro fica o Matrimandir, a “alma de Auroville”, um local para concentração individual em silêncio.
• Irradiando além dos Jardins do Matrimandir estão quatro Zonas, cada uma focando um importante aspecto da vida da cidade:
• Industrial (norte),
• Cultural (nordeste),
• Residencial (sul/sudoeste) e
• Internacional (oeste)
• Circundando a área da cidade está um Cinturão Verde, que consiste em áreas florestadas, fazendas e santuários com assentamentos espalhados para aqueles envolvidos em trabalho ecológico.
Em entrevistas para o Auroville Today em 1988 e em 1992, Roger Anger explicou como esse plano se tornou uma realidade.
“A Mãe tinha dado alguns parâmetros: a divisão da cidade dentro de quatro áreas, ou zonas, e o número de pessoas para as quais a cidade era prevista (50.000). A divisão nessas quatro zonas (industrial, residencial, internacional e cultural) é única, e não há precedente em planejamento urbano. Com base nesse esquema, nós, os arquitetos e planejadores da cidade, começamos a fazer sugestões a ela. Isso foi feito em várias etapas, e finalmente a Galáxia surgiu e foi apresentada como um modelo para a Mãe, e aceita por ela como um projeto que respondia a aos seus parâmetros. Ela inspirou e guiou o trabalho. Quando eu conversei com a Mãe, um dia, a respeito de Auroville, ela disse que a cidade já existia em um nível sutil, que já estava construída, que era apenas necessário colocá-la no chão, fazê-la descer à terra.”
O projeto da galáxia apresenta as quatro zonas, que estão interconectadas por meio da ‘Coroa’, a segunda estrada circular ao redor do Matrimandir. A partir da Coroa, doze estradas irradiam para fora como parte da infraestrutura. Algumas delas são acompanhadas por uma sucessão de arranha-céus, que constituem as, assim chamadas, ‘Linhas de Força’, essenciais para a estrutura da cidade e para a integração de todos os acessos ao centro da cidade. Contudo, o projeto não está terminado. Ao contrário, a cidade ainda está para ser inventada, tudo ainda tem de ser feito por meio da experiência diária e no ritmo dos aurovilianos. Além dessas linhas de força, tudo é flexível, nada está fixo.”
Veja a nossa seção em Arquitetura & Planejamento da Cidade (em inglês) para mais informações.